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Rubens Saraceni 

 

 

A Umbanda é uma religião eminentemente espiritis-

ta e espiritualizadora. Portanto, a fé professada pe-

los seus praticantes, médiuns em sua maioria, exige

uma crença forte em Deus e na existência do mundo espiritual que interage o tempo todo com o plano material. Analogicamente, podemos comparar a crença umbandista à do cristianismo, que tem em Deus o Criador Supremo (Olodumare ou Olorum) e em Jesus o seu maior mistério (sincretizado com Oxalá). Mas, tal como no cristianismo há as coortes de anjos, arcanjos, querubins, serafins, etc., na Umbanda há hierarquias de Orixás (Ogum, Xangô, Oxóssi, Iemanjá, Oxum, Iansã, etc.) que têm funções análogas, ainda que sejam enfocadas e cultuados segundo rituais próprios. Para entender a fé na Umbanda é preciso mergulhar fundo em sua essência religiosa, porque um umbandista convicto não é uma pessoa contemplativa e interage o tempo todo com o mundo espiritual e também com o universo divino, já que é, em si um templo vivo e através do qual os Sagrados Orixás manifestam Suas vontades. A fé, na Umbanda, é mais que uma questão de crença. É um verdadeiro ato de fé, pois um umbandista é o meio natural por onde a religião flui com intensidade e mostra-se em toda a sua grandeza e divindade, ainda que de forma simples e adaptável às condições do seu adepto. A fé, na Umbanda, transcende e torna-se um estado de espírito através do qual são realizadas as engiras ou sessões de atendimento das pessoas necessitadas de auxílio espiritual e de orientação doutrinária e religiosa. Fé, na Umbanda é sinônimo de trabalho em prol do próximo, de evolução consciencial e transcendência espiritual para os seus adeptos e seus médiuns praticantes. A fé é ensinada como a integração da pessoa ao seu Orixá Regente, que é sua ligação superior com Deus, com Oludumare, o Senhor do nosso destino e da nossa vida. Crer em Deus e nos Seres Divinos manifestadores dos Seus Mistérios Sagrados é natural nos umbandistas e dispensa maiores esforços nesse sentido, já que a mediunidade é o meio mais rápido de integração com Ele e Seus manifestadores, os Orixás. A Umbanda é Sagrada porque é uma religião onde os mistérios de Deus têm uma feição humanitária e estão voltados para nossa evolução e nosso amparo espiritual, assim como de todas as pessoas que frequentam seus templos, também denominados de tendas. Cremos em um Criador Supremo; cremos na existência das hierarquias divinas; cremos na manifestação dos Sagrados Orixás através da incorporação de suas vibrações mentais; cremos na existência do mundo espiritual; cremos na interação deste mundo superior com o nosso mundo material. Enfim, a fé, na Umbanda é mais que uma questão de crença, é um estado de espírito e é muito mais que o ato de crer em Deus, é o ato de realizar-se Nele, enquanto seres espirituais gerados por Ele, o Senhor Olorum, o nosso Divino Criador!

A FÉ NA UMBANDA

Fé na Umbanda

"...Além disso, requer-se nos despenseiros que

cada um se ache fiel."      Paulo (I Coríntios, 4:2)

 

 

Vivamos cada dia fazendo o melhor ao nosso alcance. Se administras, sê justo na distribuição do trabalho. Se legislas, sê fiel ao bem de todos. Se espalhas, os dons da fé, não te descuides das almas que te rodeiam. Se ensinas, sê claro na lição. Se te devotas à arte, não corrompas a inspiração divina. Se curas, não menosprezes o doente. Se constróis, atende à segurança. Se aras o solo, faze-o com alegria. Se cooperas na limpeza pública, abraça na higiene o teu sacerdócio. Se edificaste um lar, sublima-o para as bênçãos de amor e luz, ainda mesmo que isso te custe aflição e sacrifício. Não te inquietes por mudanças inesperadas, nem te impressione a vitória aparente daqueles que cuidam de múltiplos interesses, com exceção dos que lhes dizem respeito. Recorda o Olhar Vigilante da Divina Providência que nos observa todos os passos. Lembra-te de que vives, onde te encontras, por iniciativa do Poder Maior que nos supervisiona os destinos e guardemos lealdade às obrigações que nos cercam. E, agindo incessantemente na extensão do bem, no campo de luta que a vida nos confia, esperemos por novas decisões da Lei a nosso respeito, porque a própria Lei nos elevará de plano e nos sublimará as atividades no momento oportuno.

 

 

XAVIER, Francisco Cândido. Fonte Viva. Pelo Espírito Emmanuel. FEB. Capítulo 115

GUARDEMOS LEALDADE

Guardemos Lealdade

O que você pensa sobre o Perdão ?

Oque você pensa sobre o Perdãos?

 Texto de: José Argemiro da Silveira

de Ribeirão Preto, SP

 

"Se perdoardes aos homens as ofensas

que vos fazem, também vosso Pai celestial

vos perdoará os vossos pecados. Mas se não

perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai

vos perdoará os vossos pecados". (Mateus, VI: 14-15)

De 14 a 16 de janeiro/2000 foi realizado, em São Paulo, um seminário com Divaldo Pereira Franco, sobre o perdão. Registramos aqui algumas das reflexões sobre o importante tema, como foram colocadas no aludido evento:
O perdão na visão da Psicologia profunda é dar o direito de cada um ser como é. E também a nós o direito de sermos como somos. Se o próximo é assim, não nos cabe modificá-lo, mas se estou assim, tenho dever de modificar-me para melhor. Não posso impor-me ao outro, porque minhas palavras serão apenas propostas. Eu que estou desejando ser feliz tenho a psicologia da minha autotransformação. E nunca devolverei mal por mal; procurarei sempre retribuir o mal com o bem. Se o outro é um caluniador, não posso me permitir ser igual a ele. Toda vez que fico com raiva a pessoa está me manipulando, e eu não deixo ninguém me manipular. Não posso permitir que um desequilibrado me oriente. Sou eu a pessoa saudável; não devo dar a ele a importância que se atribui. Devo olhá-lo como um terapeuta olha um doente. Se tenho uma visão diferente da vida, e se desejo transmitir esta visão, é nobre; mas não posso esperar que o outro a acate, porque ele está em outro nível de evolução. Devo dar o direito ao outro de ser inferior, se isto lhe agrade. Se achamos que ele nos ofendeu, a nossa é uma situação simpática. Se ele nos caluniou, tanto eu como ele sabemos que é mentira dele. Se nos traiu, somos a vítima e ele sabe que é nosso algoz. Então o problema é da consciência dele. Não devemos cultivar animosidade, e sim perdoar. Não ficarmos manipulados, dominados pelo ódio, odiando também.
Esquecer é outra coisa. Na luz da Psicologia profunda o perdão não tem nada a ver com o esquecimento. Na visão espiritualista o perdão é o total esquecimento. São dois pontos diferentes. Não devolver o mal depende de mim; esquecer depende da minha memória. Muita coisa eu queria esquecer e simplesmente não esqueço. Se dou um golpe num móvel e causou uma lesão nos tecidos da mão, essa lesão só vai desaparecer com o tempo, quando o organismo se recompor. Eu posso reconhecer que não devia ter feito, mas esse reconhecimento não tira o dano que causei. À luz da Psicologia profunda, o perdão é exatamente não devolver o mal. Tenha a raiva, mas não a conserve que faz muito mal. Á predominância da natureza animal, sobre a espiritual, questão 742 do Livro dos Espíritos. Sentimos o impacto e não temos como evitar a raiva, é fisiológico, reagimos no momento. Mas conservar a mágoa é da minha vontade. Se eu conservar a mágoa tenho um transtorno psicológico, sou masoquista, gosto de sofrer. É tão maravilhoso quando a gente ouve: Coitado! E aí fica pior. O outro vai embora e a gente fica aquele depósito de lixo, intoxicando-se. O racional é nos libertarmos de tudo que nos perturba. Somos seres inteligentes e possuímos os mecanismos de libertação.
Geralmente dizemos: Mas ele não devia ter feito isto comigo. Mas fez, o problema é dele. Quem rouba, quem furta é que é o ladrão. Já está encarcerado na consciência culpada. A visão psicológica do perdão é diferente da visão espiritualista do perdão. Como seres emocionais sentimos o impacto da agressão, mas não devemos nos revoltarmos, e trabalhemos para esquecer.
A medida que formos trabalhando, a mágoa, a ofensa, vai perdendo o significado. A medida que vamos descobrindo nossos valores, ela vai desaparecendo. Quando estamos de bom humor, ouvimos até desaforo e dizemos: "Sabe que você tem razão?" Quando levantamos de mau humor, só de a pessoa nos olhar, perguntamos: "Qual é o caso?" Não é o ato em si; é conforme nós recebemos o ato." Divaldo conta o caso de alguém que, na festa de aniversário, recebeu de uma pessoa que não gostava dela, como presente, um vaso de porcelana, com um bilhete: "Recebe o meu presente, e dentro dele o que você merece". Dentro dele havia dejetos humanos. No aniversário da pessoa que havia enviado tal "presente", o nosso personagem lhe enviou o mesmo vaso, com os dizeres: "Estou devolvendo o vasilhame. O seu conteúdo coloquei num pé de roseira, e estou lhe enviando as rosas que saíram dali". É um ato de perdão, devolver em luz o que se recebe em trevas.
O esquecimento somente vem quando a memória se encarrega de diluir a impressão negativa, o que demanda tempo, reflexão e auto-superação.
Perdão não é conivência com a coisa errada. Quando uma pessoa me agride, eu não estou de acordo com ele; simplesmente não estou contra ele. Se meu filho age erradamente, está aturdido emocionalmente, é ingrato, faz tudo quando me desagrada como se fosse de propósito, eu não estou de acordo, é lógico. Mas eu não posso ficar contra ele. Porque mais do que nunca ele precisa de mim; ele está doente. Não é normal, isto é, não é saudável uma atitude assim. Mas então eu tenho o direito de me sacrificar? Sim, se aceitou a maternidade, a paternidade, não há condição difícil. Ser co-criador é ser co-participador. Será que Deus nos abandona toda vez que somos ingratos para com ele? que blasfemamos, que fazemos tudo quanto não devemos? Então o perdão não é conivência com a coisa errada. Não é uma atitude para fingir que tudo está bem. Alguém nos prejudica e nos pede desculpa. Respondemos: "Ok! mas ele me paga". É melhor enfrentar a realidade. Quando alguém nos disser "me desculpe", responderemos "Não posso. Hoje, eu não posso. Estou muito magoado". A gente diz: "eu te perdôo!" e no outro dia amanhece com dor de cabeça, porque não digeriu. O que devemos é não devolver o mal que nos foi feito. A pessoa nos diz uma palavra grave, e nós conseguimos segurar. Aí ela diz "você me desculpe, eu não tive a intenção... Você vai perdoar?" — Estou pensando. — Mas então não perdoa? você não é espírita? sou espírita, mas, agora, não tenho condição de perdoar, agora me dê licença... Geralmente, dizemos: "Perdôo de todo o meu coração"; perdoa, mas com ele nunca mais. E ainda pensamos: "Quem me fizer, faça bem feito, porque não vai ter outra oportunidade". Entretanto, o meu problema não é com ele, é comigo. Seja gentil com você. Se eu me permito viver magoado, ressentido, sofrendo, como vou amar o outro? Eu mereço ter uma vida melhor. Ao chegar ao escritório: "Bom dia!", o outro responde: "não vejo porque seja tão bom assim". Não nos ofendermos com isso; se ele está de mau humor é problema dele, A doença do mau humor requer tratamento psiquiátrico.
Seja gentil com você. Ame-se. Não permita que ninguém torne sua vida insuportável, nem para você, nem para os outros.
Divaldo conta o caso da pessoa que foi visitar um hospital de doentes mentais e lhe chamou a atenção, o psiquiatra. Noventa por cento dos agitados passavam perto do psiquiatra, uns diziam: Dr. já estou curado; ele respondia: Ok!; outros falavam absurdos, e ele ouvia, silenciava, ou concordava, e continuava a caminhada. No final, o visitante perguntou o por que da atitude dele, ao que respondeu: Eu sou saudável, não posso me atingir com o que dizem ou fazem, pois são doentes... E aí podemos perguntar: Será que a Terra não é um grande hospital?...
A pessoa saudável não faz o mal conscientemente a ninguém. Mas quando está de mal consigo, agride o outro. Então seja gentil com você; seja honesto; está com raiva, admita. Estou magoado, etc. Reprimir esses ressentimentos vai ficar lhe prejudicando. Digira sua raiva; digira o ressentimento. Não os mantenha. Necessário deixar cicatrizar; às vezes fica uma cicatriz e é necessário uma cirurgia.
Devemos nos empenhar em descobrir os nossos pontos vulneráveis. E Divaldo narra uma experiência pessoal. "Depois de anos de auto-análise, descobriu alguns pontos vulneráveis e começou a trabalhar esses pontos. Notou que atendendo o público, às vezes ficava irritado. E descobriu que o ponto vulnerável era o cansaço. Quando ia ficando cansado perdia um pouco a lucidez. O autógrafo é a oportunidade de ter um contacto com as pessoas. Alguns são tímidos, não chegam para conversar, pensam que vai incomodar. Mas o atendimento às vezes é prolongado. Começa 18h30 e vai até 1h30, 2h da manhã ainda está em pé. Quando a fila estava grande, ficava ansioso. Fez sua autoterapia: Está ali porque quer; faz porque gosta. Certo dia, uma senhora, o anjo bom, lhe disse: "Pelo menos me olhe". O sangue subiu, voltou. — Muito obrigado, porque a senhora acaba de me ajudar. "Como me fez bem. Descobri o ponto vulnerável".
Devemos dar o direito de a pessoa ser agressiva, mas não nos dar o direito de revidar a agressão. A raiva é semelhante a uma labareda, ou um raio. Pode provocar danos incalculáveis. É inesperada. O rancor é calculado. É necessário que aprendamos a colocar um para-raio e evitemos os tóxicos do rancor. Porque esse rancor nos dá prazer. Observamos mesmo entre os companheiros espíritas. Quando alguém que não lhe é simpático sofre algum dano, algum sofrimento, a pessoa diz: "Ah! já esperava. Quando não faço, Deus faz por mim". Deus é pai dele; do outro só é padrasto.
Não tenha prazer na infelicidade de alguém. Se devemos ter compaixão de quem sofre, devemos sentir prazer com a felicidade dos outros. Por seu intermédio, Bezerra de Menezes fez uma prece em que pede em favor dos que fazem os outros sofrerem. Geralmente pedimos pelos que sofrem, mas os que fazem sofrer estão em situação pior. Geralmente, quando alguém progride nós temos inveja. Deus sabe como ele conseguiu tal coisa. Devemos alegrar-nos com o triunfo dos outros. É uma forma de perdoar a vida, por não nos haver dado aquilo que outro recebeu. Saúde, sucesso financeiro, são responsabilidades, provações.

(Jornal Verdade e Luz Nº 170 de Março de 2000).

 

 

 

 

-> Honra em primeiro lugar os deuses

imortais, como manda a lei.

-> A seguir, reverencia o juramento que

fizeste.

-> Depois os heróis ilustres, cheios de

bondade e luz.

-> Homenageia, então, os espíritos terres-

tres e manifesta por eles o devido respeito.

-> Honra em seguida a teus pais, e a to-

dos os membros da tua  família.

-> Entre os outros, escolhe como amigo o mais sábio e virtuoso.

-> Aproveita seus discursos suaves, e aprende com os atos dele que são úteis e virtuosos.

-> Mas não afasta teu amigo por um pequeno erro.

-> Porque o poder é limitado pela necessidade.

-> Leva bem a sério o seguinte: Deves enfrentar e vencer as paixões.

-> Primeiro a gula, depois a preguiça, a luxúria, e a raiva.

-> Não faz junto com outros, nem sozinho, o que te dá vergonha.

-> E, sobretudo, respeita a ti mesmo.

-> Pratica a justiça com teus atos e com tuas palavras.

-> E estabelece o hábito de nunca agir impensadamente.

-> Mas lembra sempre um fato, o de que a morte virá a todos.

-> E que as coisas boas do mundo são incertas, e assim como podem ser conquistadas, podem ser perdidas.

-> Suporta com paciência e sem murmúrio a tua parte, seja qual for.

-> Dos sofrimentos que o destino determinado pelos deuses lança sobre os seres humanos.

-> Mas esforça-te por aliviar a tua dor no que for possível.

-> E lembra que o destino não manda muitas desgraças aos bons.

-> O que as pessoas pensam e dizem varia muito; agora é algo bom, em seguida é algo mau.

-> Portanto, não aceita cegamente o que ouves, nem o rejeita de modo precipitado.

-> Mas se forem ditas falsidades, retrocede suavemente e arma-te de paciência.

-> Cumpre fielmente, em todas as ocasiões, o que te digo agora.

-> Não deixa que ninguém, com palavras ou atos,

-> Te leve a fazer ou dizer o que não é melhor para ti.

-> Pensa e delibera antes de agir, para que não cometas ações tolas.

-> Porque é próprio de um homem miserável agir e falar impensadamente.

-> Mas faze aquilo que não te trará aflições mais tarde, e que não te causará arrependimento.

-> Não faze nada que sejas incapaz de entender.

-> Porém, aprende o que for necessário saber; deste modo, tua vida será feliz.

-> Não esquece de modo algum a saúde do corpo.

-> Mas dá a ele alimento com moderação, o exercício necessário e também repouso à tua mente.

-> O que quero dizer com a palavra moderação é que os extremos devem ser evitados.

-> Acostuma-te a uma vida decente e pura, sem luxúria.

-> Evita todas as coisas que causarão inveja.

-> E não comete exageros. Vive como alguém que sabe o que é honrado e decente.

-> Não age movido pela cobiça ou avareza. É excelente usar a justa medida em todas estas coisas.

-> Faze apenas as coisas que não podem ferir-te, e decide antes de fazê-las.

-> Ao deitares, nunca deixe que o sono se aproxime dos teus olhos cansados,

-> Enquanto não revisares com a tua consciência mais elevada todas as tuas ações do dia.

-> Pergunta: "Em que errei? Em que agi corretamente? Que dever deixei de cumprir?"

-> Recrimina-te pelos teus erros, alegra-te pelos acertos.

-> Pratica integralmente todas estas recomendações. Medita bem nelas. Tu deves amá-las de todo o coração.

-> São elas que te colocarão no caminho da Virtude Divina.

-> Eu o juro por aquele que transmitiu às nossas almas o Quaternário Sagrado.

-> Aquela fonte da natureza cuja evolução é eterna.

-> Nunca começa uma tarefa antes de pedir a bênção e a ajuda dos Deuses.

-> Quando fizeres de tudo isso um hábito, conhecerás a natureza dos deuses imortais e dos homens,

-> Verás até que ponto vai a diversidade entre os seres, e aquilo que os contém, e os mantém em unidade.

-> Verás então, de acordo com a Justiça, que a substância do Universo é a mesma em todas as coisas.

-> Deste modo não desejarás o que não deves desejar, e nada neste mundo será desconhecido de ti.

-> Perceberás também que os homens lançam sobre si mesmos suas próprias desgraças, voluntariamente e por sua livre escolha.

-> Como são infelizes! Não vêem, nem compreendem que o bem deles está ao seu lado.

-> Poucos sabem como libertar-se dos seus sofrimentos.

-> Este é o peso do destino que cega a humanidade.

->Os seres humanos andam em círculos, para lá e para cá, com sofrimentos intermináveis,

-> Porque são acompanhados por uma companheira sombria, a desunião fatal entre eles, que os lança para cima e para baixo sem que percebam.

-> Trata, discretamente, de nunca despertar desarmonia, mas foge dela!

-> Oh Deus nosso Pai, livra a todos eles de sofrimentos tão grandes.

-> Mostrando a cada um o Espírito que é seu guia.

-> Porém, tu não deves ter medo, porque os homens pertencem a uma raça divina.

-> A natureza sagrada tudo revelará e mostrará a eles.

-> Se ela comunicar a ti os teus segredos, colocarás em prática com facilidade todas as coisas que te recomendo.

-> E ao curar a tua alma a libertarás de todos estes males e sofrimentos.

-> Mas evita as comidas pouco recomendáveis para a purificação e a libertação da alma.

-> Avalia bem todas as coisas,

-> Buscando sempre guiar-te pela compreensão divina que tudo deveria orientar.

-> Assim, quando abandonares teu corpo físico e te elevares no éter.

-> Serás imortal e divino, terás a plenitude e não mais morrerás.

Versos de Ouro de Pitágoras

Versos de Ouro de Pitágoras

         A lealdade difere da fidelidade, pois esta é uma

relação baseada na fé. Se entre duas pessoas há entendimento

de fé mutua e recíproca, há fidelidade. Se, entre duas

pessoas, há comunhão de objetivos e se, no enfrentamento destes com a realidade os objetivos ainda são válidos – porque derivam de um princípio superior – há lealdade.

 

         Não pode haver lealdade plena sem fidelidade ou fidelidade plena sem lealdade: não são a mesma coisa, mas se completam. Ou seja: de nada vale uma fé que não possa resistir às adversidades do tempo, a ponto de se tornarem princípios que guiem nossas vidas. Igualmente, de nada valem princípios adquiridos por meros hábitos se não revelarem uma fé na capacidade do homem seguir as leis divinas.

 

Quando digo “de nada vale”, não quero dizer que uma pessoa não consiga ou não deva viver assim. Ao contrário, parece-nos hoje que a maior parte da humanidade vive ora numa fé irrefletida ora se baseando em princípios de vida puramente materialistas. Ao dizer que viver só num ou noutro de nada vale, dizemos que não adianta, para aqueles que aqui estudam, viver sem um sentido e um objetivo de vida que nos melhorem enquanto pessoas e nos aproximem de Deus.

 

São Tomás de Aquino nos ensina que para uma ação ser considerada boa, ela deve ser boa em suas intenções, em sua execução e em seus resultados. É, portanto, para evitar aquele caminho pavimentado de boas intenções, que é por sinal o do Inferno, que devemos estudar, rezar e acreditar: é preciso ter fé nos irmãos e ser leal ao nosso coração; é preciso agir no mundo (com todos os seus horrores) com a certeza de que a centelha divina nos criou.

 

Nesta comunhão de vida prática e fé, nossa vida pode ser lida de uma nova forma, adquirindo um sentido maior, como se de relance pudéssemos passar os olhos pelos escritos da Providência.

 

Érick Luiz Wutke Ribeiro

A lealdade de nossas ações

A lealdade de nossas ações;

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